quarta-feira, 30 de junho de 2010

O sentimento de fazer parte

Pertencer a um grupo e contribuir com ele é muito importante para a evolução da criança

Em plena copa de futebol as crianças não pensam em outra coisa. Elas já fizeram álbuns e trocaram figurinhas de jogadores, já montaram seu próprio time como se fossem técnicos, contestaram algumas convocações, entraram em bolões e, agora, acompanham os jogos e completam suas tabelas. Em dia de jogo, elas se transformam. Ficam ansiosas até o início da partida, torcem, soltam palavrões, reclamam, discutem a escalação dos jogadores e a atuação do juiz e comemoram ou choram os resultados. Observar o envolvimento das crianças nessa competição é surpreendente, já que os argumentos que elas têm para defender suas opiniões quase sempre são colocados com propriedade, participam com alegria de tudo o que envolve a Copa e procuram estar sempre bem informados dos acontecimentos. As crianças foram contaminadas pelo entusiasmo geral dos adultos, a começar pelo dos próprios pais. Ninguém precisou falar mais de mil vezes para elas que tal acontecimento esportivo é importante e que, por isso, deveriam se interessar. E não foi preciso sentar com elas durante horas para que encontrassem as notícias que queriam. Por que será que isso acontece com as crianças nesse momento? Elas não nascem com interesse pelo futebol: aprendem isso. E, da mesma maneira, elas não se entregam a esse interesse apenas por prazer considerando que, muitas vezes, sofrem por causa dele. O que mobiliza a criança a entrar nesse clima certamente é o chamado sentimento de pertença. Fazer parte de um grupo, dar a ele sua contribuição possível, encontrar o seu lugar e nele ser reconhecido são elementos muito importantes para o desenvolvimento da criança. Entretanto, muitas famílias não se dão conta desse fato e pouco fazem para que os filhos, desde pequenos, percebam que pertencem àquele grupo. Na correria em que se transformou a vida nas cidades, as famílias têm poucas oportunidades para se reunir. Uma delas é no horário das refeições. Isso pode não acontecer todos os dias, mas, certamente, algumas vezes na semana a família, caso se esforce para isso, consegue se encontrar em torno da mesa. Não é nada incomum que os filhos, nessa hora, recusem a participar da refeição. Bons motivos eles sempre têm: é o jogo no videogame, é o encontro com a amiga, é a chamada urgente ao telefone etc. Eles não se dão conta da importância de sua presença nos encontros familiares. Muitos pais, para evitar conflitos e confrontos e, inclusive, para garantir seu próprio sossego na hora da refeição, não relutam em permitir que os filhos se ausentem, ou pouco se esforçam para trazê-los ao evento. Esses pais não têm ideia de que, quando agem dessa maneira, passam uma mensagem ao filho: a de que a presença dele na família é descartável, de que não tem importância alguma. Muitos desses pais acreditam que quando consentem que seus filhos não valorizem os encontros familiares fazem o bem para eles. Mas observar a participação das crianças no clima da Copa é o suficiente para perceber o quão importante é, para elas, fazer parte do grupo em que vivem. No início, é preciso insistir e até exigir a presença dos filhos, mesmo que isso os desagrade. Claro que essa exigência deve ser menor à medida que eles crescem, porque vão assumindo a própria vida. Mas, inclusive na vida adulta, a sensação de pertencer a uma panelinha familiar, mesmo à distância, é algo precioso, que ajuda a viver.

Rosely Sayão*
é psicóloga

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Os adolescentes que merecemos

Você prefere sua filha errando de balada em balada ou velejando sozinha ao redor da Terra?

Abby Sunderland(na foto), nasceu na Califórnia, em outubro 1993. A família vivia num barco, ao longo da costa do Pacífico.

O irmão mais velho de Abby, Zac, aos 17 anos, tornou-se o mais jovem velejador a circum-navegar a Terra sozinho. O recorde de Zac não resistiu muito tempo: logo, Michael Perham, um adolescente inglês um ano mais jovem que Zac, completou sua volta solitária ao mundo. Note-se que Perham, aos 14 anos, já tinha atravessado o Atlântico sozinho.

Abby também, desde seus 13 anos, sonhava em circum-navegar a Terra. No começo deste ano, aos 16, sozinha, ela largou as amarras de seu veleiro de 12 metros e desceu o Pacífico Sul. Passou o Cabo Horn, atravessou o Atlântico e passou o Cabo de Boa Esperança, lançando-se no Oceano Índico. Entre a África e a Austrália, Abby encontrou uma tempestade à qual o mastro de seu barco não resistiu. No sábado passado, depois de dois dias à deriva num mar infernal, ela foi resgatada.

Pela internet afora e na imprensa dos EUA, os pais de Abby estão sendo criticados por um coro indignado: como vocês puderam deixar uma menina de 16 anos errar sozinha pelo mar e pelos portos? Fora tsunamis e tempestades, o que dizer dos meses insones espreitando o mar e o vento a cada meia hora, da solidão, do trabalho incessante, do frio, do desconforto de uma navegação solitária ao redor do mundo? E os piratas ao sul da Malásia? Por qual permissividade maluca vocês aceitaram que Abby se lançasse numa aventura que seria arriscada para gente grande?

Já a bordo do barco que a resgatou, Abby escreveu no seu blog: "Há uma quantidade de coisas que as pessoas podem estar a fim de culpar pela minha situação: minha idade, a época do ano e muito mais. A verdade é que passei por uma tempestade, e você não navega pelo Oceano Índico sem entrar em, no mínimo, uma tempestade. Não foi a época do ano, foi apenas uma tempestade do Oceano Sul. As tempestades fazem parte do pacote quando você veleja ao redor do mundo. No que concerne à idade, desde quando a mocidade do velejador cria ondas gigantescas?".

Se você duvida que Abby tivesse a maturidade necessária para sua empreitada, leia o diário da viagem (www.soloround.blogspot.com) -sobretudo as notas de Abby durante a interminável navegação no Atlântico Sul.

Os que censuram os pais de Abby afirmam que nunca autorizariam seus rebentos a velejar sozinhos ao redor do mundo porque, aos tais rebentos, falta seriedade e falta experiência. Eles devem ter razão -afinal, eles conhecem seus filhos. Mas cabe perguntar: essa falta de seriedade e experiência é efeito de quê? Da simples juventude? Duvido: La Pérouse, o navegador francês, aos 17 anos, em 1758, já estava combatendo os ingleses ao largo de Terra Nova. Então, efeito de quê?

Pois é, provavelmente, os mesmos pais que se indignam com a "irresponsabilidade" dos genitores de Abby permitem a seus filhos, mais jovens que Abby, de sair em baladas nas quais os únicos adultos são os que vendem drogas e bebidas.

Será que a volta para casa de madrugada, num carro dirigido por amigos exaustos, exaltados ou sonolentos, é menos perigosa do que a circum-navegação do mundo num veleiro pilotado por Abby, animada há anos por um desejo intenso e focado? E, de qualquer forma, qual das duas experiências você prefere para seus filhos?
O fato é que muitos pais preferem que os filhos errem como baratas tontas, de festinha em festinha. Por quê? Simples: assim, os filhos ficam infinitamente mais dependentes.

E os pais modernos, em regra, querem os filhos por perto; eles adoram que os filhos demonstrem que eles não são suficientemente maduros para sair pelo mundo e para correr os riscos que o desejo acarreta.

Não deveríamos nos perguntar qual é a loucura dos pais que empurraram Zac, Abby e Michael mar adentro, mas qual é a loucura dos pais que preferem largar seus filhos nas noites, em que vodca, cerveja, maconha, ecstasy e papo furado servem para convencer os próprios adolescentes de que ainda não começaram a viver e, portanto, vão precisar dos adultos por muito tempo.

Comentando a aventura de Abby, um pai me disse: "Nunca deixaria minha filha navegar sozinha, eu não quero perdê-la". Pois é, "não quero perdê-la" em que sentido?

ccalligari@uol.com.br
Folha de S. Paulo, Ilustrada, 17/6/2010

Reportagem sobre Carregadores de bebê (slings) no Paraná TV

segunda-feira, 14 de junho de 2010

33% dos alunos da rede privada já se embriagaram

Eles relatam que bebedeira ocorreu pelo menos um mês antes da pesquisa

Entre estudantes do ensino fundamental, os que ficaram bêbados ao menos uma vez na vida somam 14%


Dados inéditos de uma pesquisa sobre o uso de drogas entre os alunos de escolas particulares da cidade de São Paulo revelam que um em cada três estudantes do ensino médio se embriagou pelo menos uma vez no mês anterior ao levantamento.


Os dados mostram ainda que a bebedeira -consumo de cinco ou mais doses na mesma ocasião- é uma prática comum para muitos dos que têm idade entre 15 e 18 anos: 7% dos meninos e 5% das meninas fazem isso de três a cinco vezes por mês.


A pesquisa, do Cebrid (Centro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas) da Unifesp, ouviu, em 2008, 5.226 alunos do ensino fundamental e médio de 37 escolas -os dados só foram concluídos agora.


Entre os estudantes do ensino fundamental (7ª e 8ª séries), o total dos que se embriagaram ao menos uma vez no último mês é menor (14,2%), mas surpreende por conta da idade: geralmente entre 13 e 15 anos.


FATOR DE RISCO

Segundo a pesquisa, o fator de risco mais associado ao consumo excessivo de álcool é sair à noite.

O grupo de alunos que saem ao menos uma vez por semana tinha quase dez vezes mais chances de ter tomado uma bebedeira no mês anterior que os que não saem.


Ricardo (nome fictício), 16, costuma sair à noite três vezes por semana. Sábado, na companhia de dois amigos, estava na rua Augusta com uma garrafa de vinho.


"Não dou mais "PT", mas fico bêbado, lógico. Com seis latinhas já estou "alto'", afirma o rapaz, explicando que "PT" significa perda total: "passar mal, vomitar, ir para casa mal". Experiência que os três dizem ter vivenciado.

 "Agora só bebo socialmente. Antes, bebia meia garrafa de vodca sozinho", diz João, 15, amigo de Ricardo.

Apesar de a venda de álcool ser proibida para menores, a turma comprou a garrafa num mercado na redondeza, sem mostrar identidade.


DIÁLOGO
"A intoxicação por álcool tem efeito estimulante, no primeiro momento. Isso favorece a agressividade e comportamentos impulsivos e diminui a autocrítica. É o que deixa a pessoa mais em risco", diz Ana Regina Noto, professora da Unifesp e coordenadora da pesquisa.

"Mas não é prendendo o filho em casa que um pai vai evitar que ele beba demais", diz o psiquiatra da Unifesp Dartiu Xavier da Silveira, coordenador do Proad (Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes).


"O ideal é investir em fatores de proteção, como conversar. Perguntar o quanto o filho bebe, como bebe, por que bebe... E aí entrar numa estratégia de redução de danos mesmo", diz Xavier.

Folha On-line

terça-feira, 8 de junho de 2010

Pesquisa indica que maioria dos jovens entre 10 e 14 anos já usaram pulseirinhas do sexo

Cerca de 90% de garotas com idades entre 10 e 14 anos ouvidas em pesquisa em São Paulo disseram já ter usado o acessório conhecido como pulseirinha do sexo. O estudo, realizado pela Secretaria de Estado da Saúde na Casa do Adolescente de Heliópolis, na zona sul, indica ainda que mais de 60% dos adolescentes diz desconhecer o significado das pulseiras. 
Já entre os garotos da mesma faixa etária, quase 55% afirmaram já ter usado os acessórios. Ao todo, foram ouvidos 174 adolescentes e jovens entre 10 e 24 anos entre os meses de abril e maio deste ano.
De acordo com a médica Albertina Duarte Takiuti, coordenadora do Programa de Saúde do Adolescente da secretaria, o fato de muitos adolescentes usarem as pulseiras corresponde à necessidade de autoafirmação e de ser aceito no grupo.
Já na faixa etária de 15 a 19 anos, 38% das meninas afirmaram já ter usado as pulseirinhas, enquanto apenas 8,5% dos meninos admitiram o uso.
Do total, apenas 5,7% nunca tinham ouvido falar das pulseiras. Além disso, 89% dos entrevistados que afirmaram já terem utilizado as pulseiras informaram que deixaram de usá-las.
As pulseiras surgiram na Inglaterra e, recentemente, viraram mania no Brasil. O enfeite também é usado em um "jogo". Quem arrebenta o acessório recebe uma retribuição sexual da dona da pulseira. Se ela for roxa, vale beijo de língua; a preta, sexo. 
FERNANDA PEREIRA NEVES - folha.com

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Não deixe essas Hitórias se repetirem

“Será que a televisão emburrece as crianças?”

Estudiosos canadenses dizem que sim. Eles acompanharam 1.314 crianças nascidas em Quebec, em 1997 e 1998, ”com idades entre 2 anos 6m e 4 anos 6m, até chegarem aos 10 anos”, segundo a reportagem do The Independent, informando que tal pesquisa foi “publicada na última segunda-feira, no Archives of Pediatrics & Adolescent Medicine”. O referido estudo foi acompanhado por profissionais de TV e por professores, tendo sido considerado como dado relevante o número de horas semanais diante da TV. No caso, em média, as crianças menores viram 8,8 horas e os maiores, 15horas semanais, por semana. A partir disso, os canadenses concluiram que as crianças menores, que passaram mais tempo diante da TV, “tornaram-se piores em matemática, comiam mais junk food e estavam mais suscetíveis a bullying de outras crianças”.

Para ser feita uma reflexão consequente desta pesquisa, seria necessário conhecer o estudo em questão na sua integralidade, pelo menos para tornar possível conhecer como se identificou, por exemplo, a existência de uma maior ou menor suscetibilidade a situações envolvendo bullying, quando com outras crianças.

Como professora e pesquisadora na área da Infância da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, eu me pergunto, ainda, como os pesquisadores concluíram que as crianças “tornaram-se piores em matemática” sem que tenha sido utilizado um determinado “a priori“, genérico, que tenha servido como um parâmetro regular para todas as suas crianças da devida faixa etária. Ou seja, salvo algum erro de versão para o português, a expressão “tornar-se pior” só tem significação relevante se empregada diante de um parâmetro pré-estabelecido do que seja o esperado, o melhor.
Esta valoração, por sua vez, devido à inexistência de um contexto para tais (implícitos ou discutíveis) parâmetros, parece-me bastante questionável.

Uma outra questão que precisaria ser respondida se refere às condições de recepção dessas crianças. O número de horas diante da TV, a meu ver, não pode ser analisado isoladamente sem que estes sejam cruzados com outros elementos igualmente importantes. Entre eles, questiona-se: com quem as crianças vêem TV, sozinhas ou acompanhadas? Se há companhias, são adultos, são crianças, ou ambos? A que programas assistem? Quem escolhe o que eles vêem? Qual é horário em que assistem? Etc.

Não são poucos os estudiosos que se debruçam sobre o “fenômeno da televisão”, também sobre a importância do que Orozco chama de “múltiplas mediações” para agrupar elementos que impactam a relação entre as pessoas, também as crianças, e o que vêem na televisão. Outros estudiosos como Barbeiro, Canclini, Roger Silverstone etc. não analisam a TV fora desta relação inquietante e instável, nem sempre pacifica, dialógica e de mão dupla que exige situar a televisão em cenários demarcados de vida, nos tempos, espaços e culturas de que se insere. Neste viés, o que a TV pode vir a fazer com cada pessoa é o resultado não de uma, mas de infinitas variáveis que, inegavelmente, se relacionam ainda diretamente ao modo com que cada um se “envolve ou significa sua vida” com a televisão (de forma que esteja cada um em seu tempo, no seu grupo, em sua cultura). Que lugar, menos geográfico e mais sociocultural, a televisão ocupa na vida de cada crianca e de sua família, nesta e em tantas outras pesquisas concluidas e/ou ainda em andamento?

Pode-se dizer que a população infantil brasileira, bem como a da América Latina tenham alta peferência pelos audiovisuais e que, por isso, ocupem grande parte do seus dias diante da televisão.

Como profissional desta área, afirmo sem medo que as crianças não são – nem nunca foram – receptores passivos do que é veiculado na televisão e a esta última não cabe mais a adjetivação apenas de boa ou má para a infância. Também não parece haver dúvidas de que, hoje, seja por meio (principalmente) da TV que as crianças e os adultos tomem parte e interatuem nos dilemas culturais do seu tempo; e que, por meio dela, sejam chamados a refletir sobre a vida nas cidades, sobre os arranjos familiares atuais e, ainda, sobre o destempero alimentado por critérios econômicos e comercias que valorizam o ter em detrimento do ser.

Ainda que seja difícil reunir argumentos para afirmar que a televisão seja nociva e que, portanto, possa fazer mal para as crianças com até 3 anos de vida, não é difícil sustentar que não exista qualquer indicação para que isto aconteça, nesta fase. Não creio que ela chegue a “fazer mal”, mas a considero inadequada para crianças bem pequenas que precisam ter alimentada a vontade de se expandir, de agir. A meu ver, tudo o que pode ser interessante para suas vidas não depende nem acontece na/nem diante da televisão, mas está relacionado à sua ação exploratória sobre o mundo, junto com outras crianças, quando deverão ser estimuladas a mexer, correr, pular, cantar, dançar, descobrir, ouvir histórias encantadas e muito mais.

Um pouco mais tarde, dos 4 ou 5 anos em diante, a TV pode lhes oferecer alguma programação que agrade, como certos desenhos animados, programas infantis em que se contam histórias etc., mas é inegável a baixa qualidade e a oferta restrita de programação destinada à criançada brasileira em sua rica diversidade.
Mesmo assim, devemos usar apenas de bom senso para afirmar que tudo em exagero não seja bom para ninguém, nem para as crianças. Há um rol de elementos simples, adoráveis e indispensáveis a uma infância feliz. Ler livros de literatura infantil e/ou ouvir suas histórias são práticas totalmente recomendadas para as crianças.

Brincar de bonecas e de bolas com amigos é igualmente recomendável, sobretudo ao ar livre, em segurança e com liberdade. Alimentar-se em quantidade adequada e de alimentos saudáveis é esplêndido. Poder dormir quando se tem sono é recuperador. Ver televisão pode ser uma diversão bem legal. No entanto, se uma criança dormir o dia todo, comer sem parar, ler seguidamente, só brincar na rua e/ou ficar vendo televisão continuadamente... que seja acesa uma luz amarela bem grande! Algo de muito errado está acontecendo e os adultos precisam agir com firmeza e precisão.

Na busca de uma infância integral e feliz, mesmo que muito ainda precise ser conquistado, vale conhecer e ter acesso às pesquisas da área, mas vale, também, uma boa dose de equilíbrio em que os termos “tudo e nada”, “sempre e nunca” não façam parte da defesa de crianças que têm direitos iguais, que passam por fases semelhantes no caminho para a vida adulta, do ponto de vista da formação humana, mas que são muito diferentes entre si.

Critérios generalistas e que tomam as crianças como se fossem todas iguais não atendem ao Estatuto de Criança com que trabalhamos, não respeitam suas identidades individuais e coletivas, além de não se coadunarem com o mundo em permanente processo de transformação. 

Maria Inês Delorme

LinkWithin

Related Posts with Thumbnails