sábado, 7 de agosto de 2010

Palavras de um velho sábio

Quando meu primeiro filho nasceu, pouco mais de seis anos atrás, realizei um sonho há muito acalentado no coração: ser pai!
Depois de anos e anos esperando (não a gravidez, essa foi normal, de nove meses...rs), estava em minhas trêmulas mãos aquela linda criança. Eu não sabia ainda se segurava com força ou com suavidade, se o “aninhava” com meus braços ou o deixava mais livre, mas estava exultante! E eu haveria de aprender como proceder em cada detalhe, afinal - achava eu - isso é instinto natural... (Não lembrava naquele momento que em minha infância tínhamos uma gata e em certa ocasião, quando deu cria, comeu os próprios filhos! Aquilo também era instintivo.)

Não, não podia ser tão difícil.

Mas era!

E então me enchi de ânimo e “devorei” livros e mais livros para saber o que deveria fazer a fim de ser um bom pai. Aprendi muita coisa boa, como dar atenção, olhar olho-no-olho, dizer palavras encorajadoras, dar banho, trocar a fralda com cocô (arghh)...

Quando eles (um ano depois veio a segunda) começaram a falar, foi ficando mais fácil, pois a cada ano que completavam, eu perguntava: “Filho, nunca fui pai de um menino de 4 anos. O que eu preciso melhorar?” E eles diziam: “Continue assim, papai.”

Mas ao fazer seis anos, cheguei para o Isaac e fiz a mesma pergunta. Estava sozinho com ele em casa. E a resposta dele me quebrou: “Papai, você está indo bem. Apenas precisa brigar menos com a mamãe...”

O que tinha a ver uma coisa com a outra? E como ele sabia que eu brigava? Sempre tomamos o cuidado de não discutir na frente deles!!
Eu havia lido livros e tentado ser o melhor pai, mas esqueci das palavras de um velho sábio que ouvi num congresso certa vez. Dr Shedd disse naquela ocasião que a melhor coisa que um pai poderia fazer por seu filho seria amar a mãe dele.

Tenho ouvido muitas mães em meu escritório dizerem: “Ele não tem sido um bom marido, mas é um excelente pai!” Infelizmente, isso não é possível.

Naquele dia que ouvi meu filho dizer aquilo, pedi perdão a ele e ao Senhor. Tive uma longa conversa com minha esposa e tenho lutado para ser mais do que um bom pai, mas um bom marido.

Se essa é uma luta sua também, amigo, talvez essa seja também a melhor decisão a fazer hoje: ser um bom marido. Deus o abençoe!


Ricardo Lebedenco

Extraido de www.seligafamilia.com.br

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